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Garganta
A rouquidão, que prejudica o trabalho dos que dependem da voz profissionalmente -- como os que ensinam, cantam ou representam --, mostra a importância da garganta tanto para a sobrevivência quanto para a realização do ser humano. Garganta é o nome que se dá ao conjunto de órgãos aerodigestivos situados no interior do pescoço, neles compreendidos a faringe e a laringe, além da primeira porção do esôfago e dos primeiros anéis da traquéia. Faz parte, portanto, dos aparelhos digestivo e respiratório. Denomina-se faringe o tubo musculomembranoso que se estende da base do crânio até o nível da sexta vértebra cervical. Situa-se atrás das cavidades nasal, bucal e laríngea, com que se comunica, e divide-se em três segmentos de limites pouco nítidos: rinofaringe ou cavum, orofaringe e hipofaringe, que continua no esôfago. Destina-se a canalizar o ar proveniente do nariz, e às vezes da boca, até os pulmões, através da laringe e da traquéia, assim como a conduzir os alimentos para o esôfago mediante movimentos de deglutição iniciados na cavidade bucal. Seus órgãos mais importantes são as amídalas, formações linfóides em número de quatro: a nasofaríngea ou de Luschka, na parte posterior das fossas nasais, cujo desenvolvimento, se excessivo, forma as "vegetações adenóides"; as duas palatinas, nas paredes laterais da orofaringe; e a lingual, na base da língua. As amidalites e as vegetações adenóides são as doenças mais comuns da faringe, que também pode ser atingida, com freqüência menor, por infecções como difteria, micoses, sífilis e tuberculose. Os tumores constituem para esse órgão os problemas mais graves, pois mesmo os benignos são de difícil cirurgia. Pamella Nattacha |
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